Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

sábado, 24 de março de 2012

Assim Falou Zaratustra


Persépolis - Irão (google)

Não te quero falar do famoso livro de Nietzsche, que todos trazemos da nossa memória adolescente. Falo-te dos escritos antigos, que a tinta de ouro, Zaratustra deixou aos velhos persas, em 12 mil couros de boi e que estavam guardados na biblioteca real de Persépolis. 
Essa sabedoria ancestral foi totalmente queimada pelos soldados de Alexandre, o Grande, 200 anos depois.
Zoroastro ou Zaratustra, sábio que viveu mais de mil anos antes de Cristo, e nos legou os princípios de um monoteísmo é, ainda, celebrado em vastas regiões do mundo, as quais obedecem ao lema proposto como regra de ouro: «Age como gostarias que agissem contigo». Assim recebem o Nowruz (Ano Novo), a 20 de Março, com o início da Primavera.

Afeganistão (Expresso)

Desmedido é o risco da destruição de qualquer biblioteca, alicerce daquilo que hoje somos e que, com olhos de um ocidente sectário, insistimos em ignorar.

Ana 




10 comentários:

São disse...

Ana, o Ocidente ainda aprenderá à sua custa tudo quanto cde sectário e tonto esá fazendo!!

Um abraço.

Rogério G.V. Pereira disse...

Quem com ferros mata com ferros morre, e este ditado é válido não apenas para a morte...

Vítor Fernandes disse...

Várias bibliotecas foram sendo destruídas ao longo da História, deixando-nos a todos mais pobres.

Mel de Carvalho disse...

Talvez possamos ser, cada um de nós, fragmentos, dermes vivazes, onda a vida se [re]escreve e perpétua, se partilhada - uma espécie de biblioteca imorredoura, se partilhada.

Bem-haja, Ana.
Um beijo daqui

Mel

PS: Li (ou julguei que li...) "Assim falava Zaratustra" teria por ai, 16 anos... acho que, se algo retive, foi o facto de nada sermos sem os demais... enormíssimo esse livro, sem dúvida...

JOTA ENE ✔ disse...

Excelente cadência narrativa ...

Menina Marota disse...

Infelizmente, continuamos a querer "matar" o passado no Mundo inteiro.

Bípede Implume disse...

Querida Aninha
Um tema que me é caro: livros, bibliotecas.
Em Moçambique trabalhei em duas, ambas dedicadas à Ciência.
Também percebo que não é bem de biblliotecas a tua mensagem. Mas da Humanidade.
Como sempre os teus textos são valiosos.
Beijinhos e boa semana.
Isabel

Guma disse...

Quando desconhecemos de onde vimos, mal sabemos o que andamos cá a fazer, como podemos saber para onde caminhamos???

Beijo e kandandos...Inté

Fê blue bird disse...

Quando desprezamos a nossa história o resultado é o caos absoluto.

Também tive saudades tuas amiga, precisei de parar e reflectir mas os amigos fazem-me falta e tive que voltar.

beijinhos

Nilson Barcelli disse...

Magnífico post.
Infelizmente não foi a única biblioteca a ser destruída...
Beijos, querida amiga.
Nilson