Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

segunda-feira, 23 de março de 2009

Alma Alentejana - II




A gateira na porta do celeiro
E ao monte a volta do moleiro!
O pastor de falas curtas
E as bagas negras das murtas.
*
As migas na sertã, os homens duros,
Os campos sem água, os sonhos puros.
As tardes mornas, o regato seco no verão
E no meu espírito a imagem do suão!
*



Levo o Alentejo comigo,
Quero reparti-lo contigo!
As belezas do seu sol-pôr,
A sua charneca em flor...
*
Levo-o nos meus passos largos
Que vencem a planície sem embargos.
Levo a sua extensão no meu olhar
E o seu calor para te amar.




A sinceridade deste mundo agreste,
Os seus ideais e a força campestre.
Na voz levo a sua lassidão...
O seu temperamento uno na paixão
*
É alentejana a minha alma.
O meu ser revoltoso, a sua calma...
Sou simples, sou assim,
Levo o Alentejo em mim.

Ana

3 comentários:

vieira calado disse...

Ser alentejano(a) é amar a terra... mesmo terra dura e seca...

Beijocas

Dalva Nascimento disse...

Aninha,

Vim colher as flores de hoje... e manifestar por ti o meu carinho! Receber tua gentil visita e seu comentário carinhoso é bênção de todos os dias!

Uma terça-feira abençoada prá ti!

Beijinhos doces!

Xavier Narval disse...

Recuerdo que desde que llegue a tu blog, busque fotos de alentejo (http://pentangelbooks.blogspot.com/2008/04/alentejo.html) me parecio (y me sigue pareciendo) un lugar precioso, se que muy seguramente nunca viva allá, pero espero tan solo poder conocerlo algun día.

Besos